24 de mai. de 2009

ISO 2009

Os projetos de habitações destinadas a pessoas de menor renda, ressentem-se da ausência de arquitetos com qualificação arquitetônica mais equilibrada, arquitetos que reconheçam não só os direitos dos usuários, mas também a responsabilidade da arquitetura de promover o aprimoramento dos conceitos de espaço e moradia desses mesmos grupos. Tal ausência decorre tanto do desinteresse deles, quanto da falta de oportunidades e não estou certo sobre a medida de cada causa.

No momento em que podemos novamente pensar em melhorar as nossas cidades e as condições que elas proporcionam, a possibilidade de debater as intervenções propostas pelas agências públicas e pelos empreendedores privados deve ser considerada, por ser determinante do futuro. Nesse sentido, introduzo dois projetos, nos quais uma análise mais profunda pode revelar qualidades e contradições, mas que, em primeira instância, não deixam dúvidas sobre a sua condição de produção de uma inteligência arquitetônica plena.

A primeira proposta é dos arquitetos Filipe Balestra e Sara Göransson e foi elaborada para cidades da India. A estratégia é a transformação de assentamentos informais em distritos urbanos permanentes, por meio de um processo de melhoramento progressivo, ao contrário da demolição.
Maiores detalhes, no excelente blog Dezeen: http://www.dezeen.com/





















A segunda proposta é dos arquitetos Alejandro Aravena, Alfonso Montero, Tomás Cortese, Emilio de la Cerda, e se destina ao reassentamento de uma comunidade em Iquique, no Chile. Ela parte do provimento de condições para o incremento na área das unidades, mas sem perder o caráter do lugar.

Maiores detalhes sobre o trabalho do grupo: http://www.elementalchile.cl/
O Dezeen tem ótimas fotos: http://www.dezeen.com/2008/11/12/quinta-monroy-by-alejandro-aravena/
Uma entrevista de A. Aravena, para a Arcoweb: http://www.arcoweb.com.br/entrevista/alejandro-aravena-27-03-2009.html#Scene_1

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